Cuidar de cavalos exige sensibilidade, técnica e conexão verdadeira, e Altevir Seidel, reforça que interpretar o comportamento equino é essencial para garantir saúde, confiança e segurança no dia a dia. Compreender os sinais do cavalo fortalece o vínculo entre animal e criador, evita problemas de saúde e promove uma rotina equilibrada.
Neste artigo apresentaremos algumas dicas e detalhes que podem passar despercebidos para o cuidado do equino, que apesar de simples podem fazer uma grande diferença a médio e longo prazo. Confira a seguir!
O comportamento como linguagem do cavalo
O cavalo se comunica por meio de expressões corporais, movimentos sutis e respostas emocionais. Observar essa linguagem é o primeiro passo para prevenir doenças, identificar desconfortos e promover bem-estar. Cada mudança, por menor que pareça, pode indicar algo importante: uma dor, um incômodo, um medo ou até mesmo alegria e tranquilidade.
O cavalo expressa emoções com orelhas, olhos, respiração, postura e ritmo de movimentos. Conforme explica Altevir Seidel, os animais também criam padrões de comportamento que revelam muito sobre sua saúde física e emocional. Um criador atento entende esses sinais antes que eles evoluam para problemas maiores.
Profissionais essenciais no cuidado equino
Nenhum criador cuida do cavalo sozinho, e Altevir Seidel apresenta que o bem-estar equino depende de uma rede de profissionais especialistas que atuam de forma complementar. O veterinário é indispensável para diagnósticos precisos, vacinação, exames e acompanhamento clínico. O zootecnista orienta manejo nutricional, ambiente adequado e rotinas que promovem desenvolvimento saudável.
Além deles, o ferrador é peça-chave para o equilíbrio biomecânico do cavalo, visto que, como menciona Altevir Seidel, um casco bem tratado evita dores, lesões e alterações de postura, que podem comprometer o desempenho e causar sofrimento ao animal. Já os treinadores especializados contribuem para o manejo comportamental, trabalhando confiança, disciplina e técnicas de adestramento que respeitam a natureza do cavalo.
Essa equipe, quando integrada, garante que o animal receba atenção completa e humanizada.
Ambiente e rotina como pilares da saúde
O ambiente onde o cavalo vive influencia diretamente seu comportamento. Segundo Altevir Seidel, espaços limpos, tranquilos e bem planejados reduzem o estresse, fortalecem a imunidade e aumentam a disposição. Água limpa, alimentação equilibrada, sombra adequada e áreas amplas para movimentação formam a base de um manejo responsável.
O cavalo é um animal de movimento, por isso, confinamento excessivo pode gerar irritação, ansiedade e comportamentos repetitivos. Neste caso, oferecer estímulos adequados é essencial para manter o cavalo ativo, curioso e emocionalmente saudável.
O cuidado como prática terapêutica
O vínculo entre cavalo e criador é transformador. Muitos profissionais defendem que o manejo diário, quando feito com paciência e presença, se torna terapêutico tanto para o animal quanto para o ser humano. Altevir Seidel observa que rotinas de cuidados, como escovação, toque, alimentação e simples convivência, criam laços emocionais e contribuem para o bem-estar de ambos.
A equinoterapia também reforça essa conexão, utilizando o cavalo como mediador terapêutico em tratamentos para crianças, jovens, adultos e idosos. O movimento tridimensional do animal auxilia no equilíbrio, na postura e no estímulo sensorial, enquanto o vínculo emocional fortalece autoestima, empatia e confiança.
Entender o cavalo é, em parte, entender a si mesmo, e isso faz dessa relação algo único e especial.
Sinais que merecem atenção
Cavalos demonstram sinais claros quando algo não vai bem. Mudanças bruscas de comportamento, diminuição do apetite, agressividade súbita, apatia, sudorese excessiva ou relutância em se movimentar podem indicar dor ou desconforto. Como demonstra Altevir Seidel, observar os olhos e a postura é especialmente importante, pois expressam emoções com grande nitidez.
Outros fatores, como isolamento repentino, inquietação ou recusa durante o treino, podem sinalizar estresse, problemas emocionais ou necessidade de ajustes no manejo. O ideal é buscar avaliação profissional assim que surgir algo fora do padrão.
Nutrição adequada e saúde preventiva
A base de um bom comportamento é a saúde, portanto, uma alimentação balanceada evita cólicas, fadiga, irritação e perda de desempenho. A nutrição deve ser variada, com volume de qualidade, ração equilibrada, minerais e água sempre disponível.
A prevenção também inclui vermifugação, vacinação e check-ups periódicos. Esses cuidados evitam doenças silenciosas que podem se manifestar como alterações comportamentais, ressalta Altevir Seidel.
O cavalo como parceiro e não como ferramenta
A relação com cavalos deve ser construída com respeito e consciência. Altevir Seidel elucida que o cavalo não é uma ferramenta de trabalho, mas um parceiro. O tratamento humanizado, sem violência, imposição ou maus-tratos, é indispensável para formar animais confiantes, saudáveis e dispostos.
Práticas inadequadas geram traumas que afetam comportamento, dificultam treinamentos e colocam em risco tanto o animal quanto o criador. Por isso, a ética no manejo deve estar sempre presente.
Compreender para cuidar melhor
Entender o comportamento equino é uma forma de cuidado, Altevir Seidel considera que observar os detalhes, ouvir o animal e buscar orientação profissional fortalece o vínculo e garante saúde física e emocional. Cada gesto, cada mudança e cada expressão diz algo, e saber interpretar essa linguagem é o caminho para cuidar melhor.
O bem-estar do cavalo é resultado de um conjunto de fatores: ambiente adequado, rotina equilibrada, nutrição correta, acompanhamento técnico e, acima de tudo, respeito. Quando o criador se dedica a observar e compreender seu animal, transforma esse vínculo em parceria verdadeira e duradoura.
Autor: Roger Tant
