Saneamento Básico no Brasil: Uma Realidade de 34 Milhões de Pessoas sem Água!

Roger Tant

Saneamento Básico no Brasil: Uma Realidade de 34 Milhões de Pessoas sem Água!

No ano em que completa cinco anos desde a entrada em vigor do Marco Legal do Saneamento Básico, o Brasil ainda apresenta um cenário alarmante nos indicadores de saneamento básico. De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Trata Brasil, cerca de 34 milhões de pessoas no país não têm acesso aos sistemas formais de água, enquanto mais de 90 milhões carecem de coleta de lixo e tratamento de esgotos. Essa realidade choca reflete a falha do governo em implementar políticas eficazes para garantir o direito à saúde e ao bem-estar das comunidades.

O estudo Avanços do Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil de 2025, realizado pelo Instituto Trata Brasil, é um dos principais indicadores da situação atual. A publicação é resultado de uma análise detalhada sobre os avanços alcançados nos últimos cinco anos desde a entrada em vigor do Marco Legal. Apesar das promessas feitas, a realidade não está à altura das expectativas. O período de cinco anos pode parecer longo o suficiente para esperar resultados significativos, mas as causas subjacentes que contribuem para essa situação precisam ser consideradas.

A falta de saneamento básico é um problema crônico no Brasil. Além da ausência de água potável e coleta de lixo, a população também sofre com a inexistência de tratamento adequado dos esgotos. Esses problemas não são apenas uma questão de infraestrutura ou orçamento; eles afetam diretamente a saúde pública e o bem-estar das comunidades. A falta de saneamento básico leva a doenças, contaminação do meio ambiente e perda de qualidade de vida. É essencial que o governo priorize essa questão para garantir os direitos fundamentais dos cidadãos.

É importante notar que o estudo também menciona recuos na oferta de serviços de saneamento básico no país. O atendimento à população em relação ao serviço de água, por exemplo, retrocedeu entre 2019 e 2023, quando passou de 83,6% para 83,1%. Já o acesso aos serviços de coleta de lixo aumentou ligeiramente, mas ainda há muito a ser feito. A melhoria desses indicadores é crucial para melhorar a qualidade de vida das pessoas e garantir que elas tenham acesso à água potável, ao tratamento de esgotos e à coleta de lixo.

A implementação do Marco Legal foi vista como um passo importante em direção a uma melhoria significativa nos indicadores de saneamento básico. No entanto, o estudo destaca que os avanços não foram suficientes para transformar essa realidade. A conclusão é clara: são necessários projetos, licenciamentos e obras de infraestrutura que são demorados e requerem planejamento a longo prazo. Não há dúvida de que o período de cinco anos ainda é curto para medir as mudanças.

A situação atual é um lembrete da necessidade de priorizar o saneamento básico em todo o Brasil. O governo precisa trabalhar junto com as comunidades, investidores e especialistas para implementar políticas eficazes que garantam a cobertura universal dos serviços essenciais. A falta de saneamento básico é um problema que afeta não apenas os mais vulneráveis, mas também a economia do país como um todo. É hora de agir e garantir o direito à água potável, ao tratamento de esgotos e à coleta de lixo para todos os brasileiros.

Ainda há esperança em transformar essa realidade. Com investimentos adequados, planejamento a longo prazo e implementação eficaz do Marco Legal, é possível melhorar significativamente a situação dos indicadores de saneamento básico no Brasil. É hora de agir e garantir que todos os brasileiros tenham acesso aos serviços essenciais para uma vida saudável e digna.

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